domingo, 9 de junho de 2013

Depoimentos de leitura e escrita

Caros Colegas Cursistas!

 

Minha experiência como leitora, iniciou-se com a leitura do livro "O menino de Engenho", de José Lins do Rego, o qual muito me agradou, devido a história do menino que com sua pouca idade aprendeu muito no seu cotidiano infantil. Foi emocionante, porque realizei um trabalho sobre o mesmo, com apresentação para toda a sala contando o enredo do livro. Foi marcante, pois fui muito elogiada pela professora e colegas da sala.

Foi através da indicação da professora de português que adquiri o gosto pela leitura. Hoje, sou essa professora que indica os livros aos meus alunos, sinto-me orgulhosa por isso, além de desenvolver vários trabalhos fazendo com que os alunos adquiram novos conhecimentos através, da leitura de livros literários adequados a sua idade.
Márcia Divina

Leitura e escrita

Sempre fui meio caladona, quando criança era mais, por isso encontrava nos livros amigos com os quais conversava sem precisar falar.

Lembro-me do primeiro livro que li “ A vaca deslumbrada”, emprestei-o da biblioteca da escola. Meus pais não tinham condições, na época, de comprar muitos livros, sempre fizeram o possível para que eu tivesse os livros pedidos pelos professores. Naquele tempo,  todos os alunos tinham de comprar livros e materiais escolares, por isso acredito que dávamos e damos muito valor a eles.

Quando terminei a 8ª série, ganhei uma bibliotequinha da escola  com vários livros,  por ter sido a melhor da turma que se formava naquele ano. Aí me deliciei, li todos.

Também não esqueço um livro que ganhei da saudosa Profª Marilda Arlete Bertaco Peria em 03/12/76, seu final é meio pessimista, mas inesquecível: “Às vezes se sofre tanto, que se adquire o direito de jamais dizer: como sou feliz!” A Tulipa Negra de Alexandre Dumas.

Clarissa, também foi outro livro muito marcante para mim. Daí para frente a leitura é minha fiel companheira.

Ressalto o depoimento interessante de Rubem Alves, pois é mais ou menos o que falo para os meus alunos no sentido de devorar os livros, embora não conhecesse esse depoimento dele.

Em relação à escrita também tenho a história parecida, pois é uma forma de ser ouvida e me comunicar sem precisar falar.

Abraços.
Madalena Mancin 


                                   Lembrança

Quando penso na minha vida a caminho  da leitura lembro-me de um livro de folhas amarelas que minha avó tinha muito ciúmes. Lembro-me de entrar em seu quarto ir até um criado mudo e pegar aquele livro meio que escondido para tentar ler, pois ainda era muito pequena. Morava na roça e quando chovia eu amava pois meu avô ficava em casa e lia para mim além de contar outras muitas histórias, ele era um contador de causos. Sinto saudades deste tempo, e que pena que ele teve de seguir o seu caminho e contar suas histórias em outro lugar e não deu tempo de contar a meu filho,mas eu tentei recordar algumas histórias para que ela não partisse com ele.

Que pena que hoje em dia os pais e avós não tenham  mais este tempo para que no futuro outros professores possam contar estas mesmas histórias.

Abraços.
Leila de Araujo Alvares

Iniciação no mundo da leitura e escrita






Fiquei refletindo, tentando resgatar da minha memória como tudo começou, como foi minha experiência  com leitura e escrita. Recordo-me dos meus pais, das histórias que minha mãe nos contava, as mesmas que meu avô havia contado pra ela quando menina. Pedíamos a ela  que nos recontasse essas histórias e íamos escolhendo: conta a da lebre, a do João Falcão, a do sapo e a Rosa, mãe! ... e ela ia contando e, como ela sabia contar essas histórias, a entonação que usava nos diálogos! E nós já sabíamos de cor as histórias,  mas gostávamos de ouvir a minha mãe contando. Era um momento mágico, fascinante. Até hoje ainda  me lembro de algumas, vejo como ficaram marcadas em minha memória e estou emocionada ao recordar esse momento que até então estava esquecido.

Quando entrei na escola, aos 7 anos para fazer a 1ª série, nunca tinha tido contato com livros, não tínhamos livro em casa, eu era a mais velha, sempre moramos em sítio e, esse mundo da leitura e escrita era um mundo novo pra mim que só fui conhecer na escola. Aprendi a ler e a escrever com certa facilidade, às vezes, meu pai me ajudava a fazer tarefa, mas ele não tinha muita paciência e, quando gritava comigo eu chorava. Então dei um jeito de aprender rápido pra ele não ter que me ensinar em casa. Ah, como morávamos no sítio, as escolas em que estudei também ficavam no sítio. Estudei em várias delas, tive várias professoras, porque mudávamos muito. Havia numa mesma sala a 1ª, 2ª e 3ª séries, a 4ª série tinha de ser feita na cidade, a professora passava na lousa a matéria pra cada série e a merenda era feita por ela mesma. Que delícia! Ela também escalava duas meninas para lavar a louça na hora do recreio.

Não me lembro de nenhum livro nessa época, só da cartilha "Caminho Suave"!

Quando iniciei  a 5ª série, minha professora de português D. Isis, dividiu a sala em grupos e indicou um livro da coleção vagalume para cada um, o meu grupo ficou com a Ilha Perdida, tínhamos que ler pra depois fazer prova oral. Não tínhamos hábito de ir à biblioteca, acho que esse foi o único livro que li no ensino fundamental. Apesar disso, foi muito bom! Sempre gostei de escrever, fazer redação. Era o momento em que eu usava minha imaginação. Anos mais tarde tive a curiosidade de reler esse mesmo livro e, para minha surpresa, a sensação não foi a mesma. Quando li a primeira vez, parece que vivi junto com as personagens aquela aventura, aquelas descobertas. Ah, e a minha professora de português, a D. Isis, como eu a admirava! E é por causa dela que sou professora de português, ela foi a minha inspiração.
Luciana de Cássia Lourenço da Silva

Um comentário:

  1. Leila, Luciana, Madalena, Marcia, parabéns pelo blog!

    Que o prazer e o sabor das palavras que vocês semeiam aqui, contagiem a todos que visitarem este espaço.

    Abraços,
    Marli Pizzi

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